PADRE OSVALDO MISSONI (1908-1986)


(78 anos)

Osvaldo Missoni nasceu em Chiusaforte (UD) aos 24 de novembro de 1908. Entrou em Verona aos 30.10.1922. Iniciou o noviciado a 01.11.1927. Fez a primeira profissão em 02.11.1928 e a perpétua aos 10.06.1933. Inteligência aberta e caráter alegre, completou os estudos com sucesso e foi ordenado em Verona aos 10 de dezembro de 1933.

Exerceu o ministério em Gemona e Udine. Veio para o Brasil aos 15.10.1939, onde trabalhou com zelo em Ribeirão Preto-SP, Parada Inglesa (São Paulo), Santa Cruz-RJ, Fazenda Santana, Campinas-SP, Praia Grande-SP, Ituverava-SP e Casa Branca-SP. Foi Conselheiro geral por 12 anos. Exerceu o sacerdócio como professor, vigário paroquial e pároco.

Durante a vida houve mudança em sua personalidade. Quando jovem era alegre, vivaz, exuberante. Mais tarde tornou-se reservado, de poucas palavras, mas sempre sereno. Sempre foi muito exigente, principalmente quando secretário geral em Roma.

Muito piedoso e trabalhador. Amava muito a Congregação.

Sua saúde frágil deixou-o muito debilitado nos últimos anos de Brasil e entrou em rápido declínio obrigando-o a voltar para a Itália aos 26.11.1983.

Internado em hospital, seu fim aproximou-se em breve tempo. Foi assistido carinhosamente por enfermeiros que se revezavam a seu lado. Expirou serenamente em Verona no dia cinco maio de 1986.


IRMÃO LUIZ GONZAGA ZANCHETTA (1940-1982)

(42 anos)

Luiz Zanchetta nasceu em Casa Branca-SP aos 27 de dezembro de 1940. Entrou no seminário do Desterro aos 24.11.1959. Começou o noviciado aos 08.12.1962 em Campinas-SP. Fez a primeira profissão aos 19.12.1963. Emitiu a profissão perpétua aos 09.12.1969.

Trabalhou em Casa Branca-SP, Rio Claro-SP, Marília-SP, Chile e Itararé-SP. De índole expansiva, vivia sempre com fisionomia alegre e tranqüila. Tinha, porém, fases de angústia e indecisões, devido à sua infância e à asma que sempre o acompanhou.

Em sua vida apostólica lidou com grupos de jovens, com os quais se entrosava cordialmente. Acompanhou vários movimentos de casais, pelos quais era benquisto. Animava a liturgia e as celebrações com grande entusiasmo; contagiava os participantes. Mostrava facilidade para programas radiofônicos.

Foi por algum tempo responsável pela formação dos jovens que se preparavam, em Casa Branca, para serem futuros irmãos estigmatinos.

Amava extremadamente sua opção para irmão religioso e era muito devoto de Nossa Senhora.

Em 1980 foi para o Chile, a fim de trabalhar com os jovens na recente fundação. Retornou em 1982 devido a depressão profunda. Na noite de 6 de maio, foi atacado por violento edema pulmonar. Apesar do socorro médico veio a falecer, confortado pela presença de alguns confrades.

A missa de corpo presente e seu enterro foram semelhantes à sua vida com manifestações carinhosamente alegres: palmas, cânticos e até banda executando as músicas de que ele mais gostava.

Repousa em Casa Branca-SP ao lado do pioneiro dos irmãos estigmatinos no Brasil, Ir. Domingos Valzacchi.


PADRE JOSE TONDIN (1879-1967)


(88 anos)

José Tondin nasceu em Cembra (Itália) aos 09 de janeiro de 1879. Entrou como aspirante em Verona aos 06.11.1893. Iniciou o noviciado aos 15.11.1.896. Fez a primeira profissão aos 17.11.1897 e a perpétua aos 07.10.1900. Foi ordenado sacerdote em Verona aos 19.09.1903.

Trabalhou em Verona, Udine, Milão, Piacenza, Pistóia, quase sempre como professor nos colégios. No Brasil trabalhou em Rio Claro-SP, Campinas-SP, São Caetano do Sul-SP, Ituiutaba-MG, Ribeirão Preto-SP, Caconde-SP, Parada Inglesa-SP, Uberaba-MG.

Veio para o Brasil aos 03.11.1920.

Foi professor, vigário, padre espiritual, cooperador, construtor.

Apesar de rude, era alegre. Nunca permanecia parado. Nos momentos de folga fazia terços com o objetivo de angariar dinheiro para as vocações. Muito zeloso no seu ministério, principalmente na assiduidade às confissões. Metódico, exigente consigo mesmo e com os outros. Religioso exemplar.

Sem ter estudado em Universidade foi um grande construtor. Começou com o Colégio Santa Cruz de Rio Claro e passou por quase todas as nossas casas, executando projetos. Sua fama se espalhou. Levantou muitas construções em Rio Claro. Orientou reformas em igrejas, como foi o caso da matriz de Casa Branca (desde 1927).

Passou seus últimos anos em Ituiutaba e Campinas, sentindo o peso da idade e dos achaques. Faleceu em Campinas aos 14 de maio de 1967, onde foi sepultado.


IRMÃO DOMINGOS VALZACCHI (1868-1945)


(77 anos)

Domingos Valzacchi foi o primeiro Irmão estigmatino a chegar ao Brasil, com os padres Henrique Adami e Alexandre Grigolli, aos 2 de dezembro de 1910.

Nasceu em Artegna aos 07 de abril de 1868. Quando jovem estudou no seminário diocesano. Entrou para a Congregação com mais de 30 anos, em Verona, aos 08 de junho de 1900. Dizia que parou de estudar por causa do jejum obrigatório, pois em cada quaresma, devido ao jejum, esquecia o que conseguira aprender anteriormente.

Fez o noviciado em Verona em 1900, a primeira profissão em Trento, aos 18 de novembro de 1901 e a profissão perpétua em Verona no ano de 1905.

A morte tirou-o do convívio dos padres e dos irmãos a quem ele tanto amava na tarde do dia 17 no belo do mês de Maria, em 1945, com 44 anos de vida religiosa. Faleceu em Casa Branca onde foi sepultado. Em 1985 seus ossos foram removidos para o nosso jazigo de Campinas-SP.

No cargo de sacristão, que exerceu por quase toda a vida, mostrava seu amor à igreja, mantendo-a sempre limpa e o altar bem cuidado. À noite, quando fechava a igreja, permanecia sozinho, por quase uma hora, em adoração ao Santíssimo Sacramento. Em qualquer momento livre do dia, achava-se ele aos pés do sacrário, seu lugar predileto para a oração. Foi um verdadeiro modelo de irmão Estigmatino, imbuído de zelo, de piedade e de amor à Congregação.

Era de caráter forte, severo, áspero. Muito bom para viver em comunidade; piedoso e trabalhador; muito simples; espirituoso e de grande disponibilidade.

Conhecia muito a Sagrada Escritura, gostando sempre de aplicá-la em suas conversas. Sabia muito bem o catecismo. Muitas vezes, quando interrogado, corrigia os sermões dos padres.

Sua vida foi um trabalho contínuo. Aproveitava de tudo para ser prestativo a todos. Transformava o inútil e o estragado em coisas úteis e aproveitáveis. Trabalhou com verdadeiro zelo missionário em Tibagi, estado do Paraná, onde passou a maior parte de sua vida como irmão, companheiro de Pe. Ferrúcio Zanetti em viagens apostólicas no meio de caboclos e índios do sertão.

Cultivou grande amor à virtude da pobreza. Considerava uma falta encontrar um simples pedaço de metal pelo chão.

Foi muito difícil convencê-lo a ir ao alfaiate para fazer um terceiro terno, pois ele achava que dois eram suficientes. Os Irmãos em seu tempo não usavam batina.

Quando renunciou à herança dos sobrinhos, estes não lhe escreveram nunca mais. Comentou: "Quem quiser receber cartas deve conservar a propriedade até o fim da vida".

Muito desprendido dos bens da família, recebeu, em certa época, uma carta dos irmãos consultando-o sobre a herança. Ele respondeu: "Vocês têm Moisés e os Profetas. Nem que um morto ressuscitasse resolveria o problema. Eu estou morto. Resolvam vocês".


PADRE LUCIANO DAL ZOPPO (1916-1990)


(73 anos)

Luciano Dal Zoppo nasceu aos 19 de setembro de 1916, em S. Stefano di Zimella. Entrou em Trento aos 09.09.1930. Ordenado sacerdote em Verona aos 28 de junho de 1942, exerceu o ministério na Itália em Sezano, Verona e Milão.

A 19 de março de 1947 chegou ao Brasil a fim de por em prática seu zelo missionário. Exerceu o sacerdócio em Rio Claro-SP, Ribeirão Preto-SP, Barretos-SP, São Caetano do Sul-SP e Santa Cruz-RJ. , onde permaneceu de 1960 até a morte.

Foi professor, vigário paroquial e pároco. De inteligência privilegiada e grande preparo intelectual, lecionou por alguns anos em nossos seminários. No ambiente paroquial pôde tornar-se muito útil ao povo de Deus.

Alegre, extrovertido, caridoso, possuía uma capacidade de relacionamento impressionante com qualquer categoria de pessoa, desde motoristas de táxi (de quem era ídolo em São Caetano) até a chamada alta sociedade. Com sua voz de tenor lírico alegrava sempre as reuniões de que participava. Era o tipo acolhedor perfeito, tanto para os confrades, como para os que chegavam a nossas casas.

Preocupava-se com os pobres, dando-lhes não somente o auxílio espiritual, mas muitas vezes também algo material. Organizou na paróquia de Santa Cruz do Rio de Janeiro um bazar, cuja renda entregava aos mais necessitados.

Tinha leucemia que abalou muito seu modo de vida. Nunca, porém, ela o tirou do trabalho. Tentou a cura por vários meios, mas só encontrou paliativos.

Finalmente, no dia 28 de maio de 1990, partiu para o descanso e recompensa eternos.

A comunidade paroquial de Santa Cruz prestou um verdadeiro ato de gratidão pelos 33 anos dedicados à paróquia. Lá mesmo foi sepultado. Uma das grandes impressões deixadas após sua morte foi a situação de pobreza de seu quarto.


PADRE OSÓRIO ARAÚJO LIMA (1924-1999)


(75 anos)

Osório nasceu em Porto Ferreira-SP aos 16 de novembro de 1924. Entrou para o seminário em Rio Claro-SP aos 24 de fevereiro de 1936. Fez a primeira profissão em Ribeirão Preto-SP aos 09.12.1943. Ordenou-se sacerdote em Ribeirão Preto aos 15 de agosto de 1951.

Exerceu o ministério como pároco e vigário paroquial em Ribeirão Preto-SP, Barretos-SP, Ituverava-SP, Marília-SP, Casa Branca-SP, Paraguaçu Paulista-SP, Barra da Estiva-BA, Ituaçu-BA, Dom Basílio-BA e Igaporã-BA.

Era de ânimo alegre, brincalhão, espirituoso, bom companheiro na comunidade e no trabalho. Sempre estava pronto para fazer um trocadilho ou um comentário espirituoso, sem ser mordaz.

Em Marília trabalhou com jornaleiros, engraxates, reunindo-os para atividades artesanais e formação religiosa. Nunca foi arrojado e sempre foi um bom coadjutor.

Forte, reforçado fisicamente, parecia vender saúde. Porém, brigou mais de 30 anos contra uma forte diabete.

Durante o trabalho na Bahia não tinha intenção de deixar o estado, lá permanecendo, apesar da proibição dos médicos e superiores.

Quando sua saúde estava demasiadamente complicada e completamente comprometida foi trazido para Campinas.

Faleceu nesta cidade no dia 28 de maio de 1999 e sepultado no jazigo da Província, no cemitério da Saudade, em Campinas.